Rusted wheel. Planted still.

É desnecessário dizer que eu ando sacudo.
Esse blog, assim como alguns outros prazeres bobos, têm sido as minhas únicas fontes de alegria ultimamente. Então, se não tô dando atenção a ele, é porque algo sério tá acontecendo.

Bem, o fato é que depois de uma série de acontecimentos chatos (todas as modalidades possíveis de chatice) que culminaram numa crise de asma quase fatal me fizeram dar uma pausa.

Nem sei se é uma pausa necessária. Quem sabe eu só esteja usando isso de pretexto pra reforçar um sentimento que já tenho faz tempo, que é o de não estar satisfeito com praticamente nada (e não suporto ser repreendido por não fazer questão de esconder isso com um sorriso idiota).

Ando sim de saco cheio de tudo que existe à minha volta e não funciona.
Ando de saco cheio da mesma conversinha de sempre.
Ando de saco cheio de comida ruim.
Ando de saco cheio desse frio do caralho, e da preguiça que ele dá.
Ando de saco cheio de trânsito.
Ando de saco cheio de bagunça.
Ando de saco cheio de noticiários inúteis.
Ando de saco cheio de praticamente tudo.
Ainda bem que tenho alguém que gosta de mim (e a recíproca é muito verdadeira!).

Eu estou sim no fundo do poço, e o pior de tudo é que sinto confortável! Não é o fim? rsrsrsrsrs

Se quiser um post mais alegre, procure um post mais alegre.
Se não quiser, continue.

E, mesmo que não quiser compartilhar da minha dor (ela é só minha, e eu sou ciumento! rsrs), feche os olhos e ouça essa música, linda de morrer.
Não é triste, só introspectiva e viajante, não tenha medo.

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Crime!

21h, em um solitário apartamento no Alto da XV...

Calma, gente. É só polpa de açaí.
(Deixando de lado a brincadeira idiota, ouçam essa música. É muito bonita.)

Gustavo Cerati: Crímen

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O que é que sente?

“Este meninos devem estar sorumbáticos”, dizia Úrsula. “Devem estar com lombrigas.” Preparou-lhes uma porção repugnante de erva-se-santa-maria amassada, que ambos beberam com imprevisto estoicismo, e se sentaram ao mesmo tempo nos penicos, onze vezes num só dia, e expulsaram umas parasitas rosadas, que mostraram a todos com grande júbil, porque lhes permitiriam enganar a mãe quanto às origens de suas distrações e langores. Aureliano podia, então, não só entender, mas também viver como coisa própria as experiências de seu irmão, porque numa ocasião em que este explicava com muitos pormenores o mecanismo do amor, interrompeu-o para perguntar: “O que é que sente?”
José Arcádio deu-lhe uma resposta imediata:
- É como um tremor de terra.


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World Tour 2007

Discotequei pela primeira vez dia 15/04/06, no V.U. (que saudades!). Queria tanto fazer aquilo, e tava tão empolgado, que fiquei lá, trocando musiquinhas das 23h às 4 da manhã sem parar e sem cansar, pra espanto e desespero do Zé, dono do bar (que saudades também!).

Eu me diverti muito e, pelo que me lembro, as outras pessoas também, tanto que eu repeti a dose algumas vezes depois, no V.U., no Lola, no Nico e no Jokers.

Um dia, comentei com a minha família que andava fazendo isso, e a primeira reação foi um "hã?", e minha mãe perguntou "mas você não bebe cerveja, né?". Claro que não, mãe. Daí, depois que eu expliquei, eles ficaram super orgulhosos, achando que eu tinha algum super poder. Comportamento que não difere dos moderninhos que a gente encontra por aí, né? É engraçado como as pessoas dão superpoderes a quem discoteca, vai entender... rsrs

Aí as pessoas me perguntam: "você é DJ?".
Não sei.
Se ser DJ é levar isso como profissão, estar impecavelmente antenado nas últimas novidades musicais e saber a diferença entre CDJ e ... (qual é o nome mesmo?), então eu não sou. Minha instabilidade emocional impede que eu me dedique a qualquer atividade paralela ao trabalho por mais de 6 meses rsrs.
Mas se ser DJ é tocar de vez em quando, tocar sempre o que gosta, e tocar com muito prazer, então sim.

No meu caso, tem sido "de vez em nunca".
Faz tanto tempo que não toco, que agora que fechei 4 datas de uma vez, parece que eu tô numa world tour! rsrsrs

Bom, então lá vai: quem estiver afim, apareça em uma das datas listadas aí embaixo pra gente curtir um som, tomar uma cervejinha e botar o papo em dia. Vou ficar muito feliz. Aproveitem, antes que eu tenha um ataque de estrelismo e entre em outro período sabático!

18/08, no Vellocet (Al. Prudente de Moraes, 804, Mercês, Curitiba)
Eu discotecando + show com o Tristessa, banda do Erasmo

01/09, no Soho Underground (R. Visconde do Rio Branco, 870, próx. ao SESC da esquina, Curitiba)
Eu discotecando + show com o Nova Noise, banda do Luiz

22/09, no Soho Undergroung
Eu discotecando + show com o Tristessa, banda do Erasmo

20/10, no Soho Underground
Show tributo ao Smashing Pumpkins, com discotecagem minha + show do pessoal do Tristessa e do Nova Noise
+ telão com clipes e documentário
+ sorteio de DVDs

Hoje, em vez de uma música só, um set virtual inteiro pra vocês ;)
Som na caixa!

01 > Smashing Pumpkins: 1979

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02 > Muse: Supermassive black hole

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03 > Elastica: Connection

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04 > The Cure: Close to me

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05 > Silversun Pickups: Little lover's so polite

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06 > Primal Scream: Rocks

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07 > Depeche Mode: Enjoy the silence

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08 > Soda Stereo: Primavera 0

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09 > New Order: Blue monday

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10 > Ramones: Do you remember rock'n'roll radio?

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Tanto faz...

Whatever will be, will be...

Há algum tempo, ando com a minha cabeça pesada. É informação demais (e pouca informação realmente útil, pouca informação que faça algum sentido pra minha vida), e o meu cérebro está a ponto de explodir.

Acho que é por isso que eu ando tão cansado, tão whatever...
Tanto faz o que acontecer...

Por isso, a música de hoje é para não pensar.
É para curtir, pensar no vento que faz nos cabelos quando você coloca a cabeça pra fora da janela do carro.
(ando com muita vontade de pegar a estrada e viajar)

I don't even car to shake these zipperblues.
I don't know where our bones will rest.
To dust, I guess...

Smashing Pumpkins : 1979

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Na cinza das horas...